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Mostrando postagens de 2016

Jovelina Perola Negra - Sorriso aberto

A ORIGEM DO CRISTIANISMO

A ORIGEM DO CRISTIANISMO Para compreendermos a crença cristã, alguns antecedentes (até mesmo à vida de Cristo) fazem-se importantes. Retroagindo 300 anos antes de Cristo – ao cenário da dominação macedônica sobre o território dos gregos, através de Alexandre Magno – poderemos localizar nosso ponto de partida. A tendência interpretativa da historiografia mais relevante sobre o cristianismo, que domina as discussões acadêmicas, retoma, exatamente esse momento, pois projeta sobre ele a existência de um protocristianismo. Assim, no transcurso do império macedônico, construído a partir de Alexandre, estariam elementos importantes de percebermos: categorias mentais e meios expressivos da filosofia, os quais, séculos depois, serão utilizados na apresentação do cristianismo e no esclarecimento de sua mensagem. Através dos macedônicos liderados por Alexandre Magno a prática de fusão entre a cultura grega e outras culturas, presentes entre os povos conquistados, originou o helenismo, resp...

ESCRAVOS SEM SENHORES: ROMA

  O contexto de História antiga sendo desconstruída e recontada a partir de um novo olhar, tentando fugir um pouco da visão eurocêntrica proposta no Período Moderno, porém, isso não significa que devemos abandoná-la. O estudo do passado nos dias atuais deve ser significativo, deve ajudar a entender questões atuais. A percepção das diferenças existentes entre o passado e o presente nos ajuda a perceber com indivíduos ativos no processo de construção da História. Talvez nunca o passado, ou a memória sobre o passado, tenha se alterado tão rapidamente. A História antiga perdeu sua primazia de inicio de toda a história humana, para tornarem-se apenas mais uma história, um dos vários caminhos que levam a contemporaneidade, não faz mais sentido dar prioridade a uma história regional. A História científica é interessante porque, para pensar o passado, temos que nos pensar. Para ver e estabelecer diferenças, ou semelhanças, ou a igualdade, temos que definir o que somos, ou o que fo...

MUNDO ANTIGO: GRECIA, DEMOCRACIA E REPÚBLICA

DEMOCRACIA Em 508 a.C., Iságoras foi nomeado arconte e concedeu privilégios aos aristocratas, tentando fechar o Conselho dos Quatrocentos. Em virtude de sua política, o povo foi à luta e o expulsou do cenário político. Em decorrência do péssimo governo de Iságoras, em 506 a.C,  Clístenes  o substituiu, dividindo toda a população ateniense em dez novas tribos, que em seu interior, eram compostas por várias circunscrições territoriais, chamadas  demos . Com essa divisão populacional de Clístenes, as antigas associações perderam importância e enfraqueceram os laços de dependência que havia entre os homens livres e os eupátridas, e que tornavam aqueles inferiores perante a estes. Ao misturar todas as classes sociais nessas novas tribos e demos, todos puderam estar em estado de igualdade, participando da vida política, pois o critério utilizado para incluir a população nestes novos agrupamentos não era mais o do nascimento, como antigamente, mas sim o domicílio de cada ...

MUNDO ANTIGO: A TIRANIA GREGA

TIRANIA Por volta do ano de 560 a.C., em Atenas,  Pisístrato , um arconte, assume o poder, tornando-se tirano. Segundo Aristóteles, o processo de tomada do poder de Pisístrato não envolveu violência, pois ele desarmou a população. As medidas políticas que nos chegaram indicam que Pisistrato regulamentou a  questão agrária  e foi responsável por grandes obras públicas, como estradas, templos religiosos, aquedutos, esgotos, portos e fortificações. Em seu governo houve paz e prosperidade e Atenas atraiu inúmeros artistas e poetas, passando a ser a maior referência cultural da Grécia. Ele também distribuiu parte das terras pertencentes aos eupátridas, que haviam adquirido várias pequenas propriedades em Atenas, para as camadas mais simples da população. Segundo Aristóteles, Pisístrato governou “mais como cidadão do que tirano” e “mostrava-se humano, amável e indulgente com os erros”, “a massa não sofreu nenhum prejuízo em seu governo”, “queria tudo governar segundo...

MUNDO ANTIGO: A ARISTOCRACIA GREGA

Aristoi  é um termo que significa “melhores”, ligado ao significado de melhor nascido, confere uma idéia de melhor moralidade, similar ao termo  Arete , que tem a mesma raiz: se refere a pessoas consideradas nobres, descendentes dos fundadores da cidade e que por isso possuem status e privilégios dentro da comunidade. A aristocracia, deste modo, tinha o dever de desempenhar as funções políticas e militares da sociedade, encarnando um mérito que se projetava na sociedade com uma diferenciação única. A historiografia defende a hipótese de que a aristocracia grega, disputando poder entre si, alterou a dinâmica social e propiciou um ambiente de instabilidade política. Entretanto, o aumento geral da riqueza em decorrência da colonização e da atividade comercial, a invenção da moeda que acelerou a riqueza mobiliária e os progressos nas técnicas militares levaram à projeção de um número maior de homens no cenário de debate público das cidades. A partir daí reivindicações socia...

MUNDO ANTIGO: A MONARQUIA GREGA

As cidades-estado foram, a princípio, segundo Aristóteles, governadas por reis que pretendiam governar e julgar por direito divino. Revelou-se, depois, que os reis eram incapazes de conservar seu poder em face da rivalidade dos aristocratas, os quais se instalaram no governo como grupos dominantes. Portanto, a monarquia grega: Era hereditária; O rei era o chefe de guerra; O rei era considerado o juiz da sociedade; O rei era considerado o intermediador entre o mundo físico e o mundo espiritual, um sacerdote. Este rei não poderia agir sozinho, pois se assim o fizesse poderia extrapolar em suas ações e não pensar nos interesses dos outros cidadãos. Por isso, um conselho de aristocratas limitava e controlava o poder do rei. Era exatamente assim em Atenas, que teve como primeiro regime político a monarquia. O monarca ateniense era considerado, além de sua função de administração pública, como o chefe religioso da cidade, responsável pelo zelo dos deuses no favorecimento de...

MUNDO ANTIGO: A PÓLIS GREGA

Podemos identificar na História momentos específicos a partir dos quais uma organização social passou a se comportar como uma organização social planejada, em que se empregava uma técnica na política. A partir disso, observamos o funcionamento de instituições e a busca de uma ordem universal que promovesse a paz. Isto se inicia com a civilização grega antiga, bastante evidente no período de mais ou menos 800 anos a.c., no momento de desenvolvimento das polis gregas. PÓLIS - As polis nasceram por meio de comunidades gentílicas, que eram núcleos sociais e econômicos, nos quais famílias que cuidavam da terra e de rebanhos apoiavam-se mutuamente. Eram altamente influenciados pelo parentesco, e de início, eram comandados por um líder comunitário denominado  pater , responsável pela justiça local, pela prestação de culto aos deuses e pela administração das riquezas ( pater familias ). Com a complexidade do crescimento dos genos , o poder pas...

Meu tempo de estudante

A mostra estudantil             O tema sustentabilidade está no cotidiano de nossas relações sociais, abrange desde ações gigantescas que abordam aquecimento global, preservação de biomas, às ações simples como separação seletiva de lixo. O relato que farei é de uma experiência própria, ocorrida no ano de 1994 na cidade de São João de Meriti, na Escola Estadual Governador Roberto Silveira, onde estudei dos quatro aos quatorze anos.             Há dezoito anos já era assunto da mídia o tema sustentabilidade, dois anos antes foi realizado no Rio de Janeiro a Eco 92, evento que reuniu chefes de Estado e pessoas ligadas ao meio ambiente sobre preservação e praticas sustentáveis. Lembro que antes desse evento nunca tinha ouvido falar sobre preservação ambiental, aquecimento global e outros assuntos que estavam em foco neste momento, pra dizer a verdade, na época estes assuntos...

Progresso e Preservação

PROGRESSO E PRESERVAÇÃO Fábio Luiz M. Sáboia O século XXI é sem dúvida o século do consumismo, neste cenário, tudo está ao alcance das mãos e nada é duradouro.  O poder aquisitivo dos homens trouxe novas aspirações, novos desejos, novas tendências. Este consumismo exarcebado se materializa tanto nas questões materiais quanto nas sociais. O ser humano quer cada vez mais, não existem mais bens duráveis, tudo se torna obsoleto em pouquíssimo tempo. Quem fica estático nesta sociedade globalizada acaba desaparecendo, sendo assim os meios de produção também acompanham essa velocidade, querem produzir mais e em menos tempo possível, transformam florestas em pastos, aterram manguezais e bairros tornam-se cidades cosmopolitas, com suas linhas verticais e fachadas espelhadas. Costumo caminhar pela orla e faço isso pelo menos há dez anos, nesse lapso de tempo acompanhei o crescimento de minha cidade. Vila Velha em 2006 tinha um ar de tranqüilidade, em alguns locais chegava a ser bu...

PAÇO IMPERIAL

O  Paço Imperial  é um edifício colonial localizado na atual Praça XV de novembro, no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro. Construído no século XVIII para residência dos governadores da Capitania do Rio de Janeiro, passou a ser a casa de despachos, sucessivamente, do Vice-Rei do Brasil, de Dom João VI e dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II. Casa dos Governadores e Vice-Reis O  Paço Imperial  é o edifício do lado esquerdo do largo. Ao fundo vêem-se, da esquerda para a direita, o Convento do Carmo, a Catedral e a Igreja da Ordem Terceira do Carmo. No centro, em primeiro plano, está o Chafariz de Mestre Valentim. A história do edifício começa no ano de 1733, quando o governador Gomes Freire de Andrade, pede ao rei D. João V licença para edificar uma casa de governo no Rio de Janeiro. Cerca de 1738 começa a construção do edi...

História do Brasil - Os partidos politicos no Brasil Império

LINGUAGEM E HUMANIZAÇÃO

Linguagem e humanização A linguagem, na verdade, tem sido objeto de curiosidade e indagação desde o momento em que o homem começou a pensar suas condições existenciais, remontando os primeiros estudos escritos à Grécia de Platão. Podemos afirmar que é a linguagem que torna possível a humanização como a percebemos. Por um lado não podemos pensar o homem sem a linguagem; por outro lado, não podemos pensar a linguagem distanciada da vida, em seus aspectos sociais, culturais e históricos. A linguagem abrange sistemas simbólicos, verbais e escritos. Os sinais dos surdos, sinais de transito, gestos cotidianos, cinema, televisão etc. Linguagem e sociedade A linguagem permeia todas as ações grupais, permitindo-lhes a interação comunitária. Entretanto, ambos se relacionam com a linguagem de forma distinta, a utilizam de formas diferentes. Se observarmos ao nosso redor, encontraremos poucas uniformidades nos usos lingüísticos. A pesquisa sociolingüística, ramo da lingüística que...